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A Rapariga que Sobreviveu| Um thriller para a quarentena

Foto do escritor: Orquídea PolóniaOrquídea Polónia

Depois de nos começarmos a submergir no universo de Leslie Wolfe, é difícil não ficarmos fãs. Já aqui falamos sobre o primeiro livro publicado pela autora em Portugal.

Sabendo da existência de um segundo livro, ficamos logo com a pulga atrás da orelha. Assim, quando a editora Alma dos Livros nos cedeu um exemplar de "A Rapariga que Sobreviveu", quase explodimos de alegria!





Para começar, vamos lá ver a sinopse:

Laura testemunhou a morte da família, mas o choque apagou-lhe da memória tudo o que aconteceu nessa fatídica noite. O assassino pode ser qualquer pessoa. Enquanto a polícia procura que ela se recorde do que sucedeu, o homicida vai tentar matar a única testemunha viva do crime: ela.

Por puro instinto de sobrevivência, a menina de cinco anos escondeu- se até que os gritos acabassem. A seguir, um silêncio mortal invadiu a casa. Isto foi há quinze anos. Durante esse tempo, Laura Watson acreditou que o assassino da família se encontrava preso, aguardando a execução no corredor da morte. Mas, enquanto tenta seguir com a vida junto da família adotiva, não consegue libertar-se do medo e da incerteza de um dia se lembrar do que ocorreu. Quando uma aclamada psicóloga propõe a Laura ajudá-la a recuperar as lembranças, ela aceita, ansiosa por lançar alguma luz sobre o seu passado adormecido.

O que não sabe é que, quanto mais mergulha nas memórias, mais se torna um alvo para o assassino, que está à solta e não pode permitir que a verdade seja desvendada.



Começo por mencionar a capa, que ficou extraordinariamente bonita e apelativa, à semelhança do primeiro livro. Há um ar de mistério e de humanidade, denunciando uma infância perdida, que me fez querer logo ler o livro.


Tessa, agente do FBI, está a recuperar das feridas, tanto físicas e emocionais, que ganhou no primeiro livro, A Rapariga sem Nome. No entanto, é chamada ao trabalho, para sua alegria, para falar com um psicopata acusado de matar inúmeras famílias. O que descobre ela? Bem, talvez ele tenha matado menos duas ou três, havendo um outro psicopata à solta e uma vítima, que escapou, em perigo, Lauren. Quem será esta nova ameaça?




Agora, já sobre a história em si. Mais uma vez, adorei a Tess. Não é uma mulher fácil de aturar e de compreender, mas é o tipo de heroína que nos agarra à história.

No entanto, nem sempre isso é bom para o livro e acaba por se tornar um pouco cliché. A típica heroína que é capaz de ser engraçada, levar com várias tentativas de homicídio à sua pessoa e, ainda assim, ser capaz salvar vítimas e derrotar vilões. Mas apesar de cair um pouco no exagero irrealista, há em Tess uma personagem encantadora.


É um livro que, apesar do conteúdo um pouco mórbido, lê-se bem e de forma fluída. O facto de existir um laço já criado com a maior parte das personagens fez com que facilmente nos apaixonássemos pela leitura. A melhor parte foi a contextualização e a informação que a autora nos deu sobre psicopatologia, que nos permitiu quase sentirmos ser também parte da equipa policial e forense. Todas as informações pareciam bem pesquisadas e justificadas, tornando o cenário bem real. Há ainda uma nota científica final que, gostando eu de escrever este tipo de livros, me conquistou. Um ponto para Leslie Wolfe!


O final não foi o mais surpreende pois, à semelhança do primeiro livro, foram-nos dadas algumas pistas. É claro, houve momentos surpreendentes e penso que a identidade do vilão não teria relevância se não fosse a pessoa que foi (sim, sem spoilers!).

Gostaria mais de ver a Tess nas suas relações pessoais, pois sinto que uma porta foi aberta na primeira metade do livro, mas acabou por não ser explorada, deixando-me com muita pena. Ou seja, queremos mais Leslie e Alma dos Livros, venha o próximo!


Uma opção muito boa para passarem esta quarentena! Já leram?




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1 Comment


Alexandra Guimarães
Apr 28, 2020

Já li o primeiro livro da autora e gostava de ler este para acompanhar a evolução da escrita de Leslie Wolfe.

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