Há sempre aqueles livros que quando são publicados dão logo vontade de agarrar um e começar a ler, mesmo que não se conheça quem escreveu. É o caso de "A Rapariga sem Nome", de Leslie Wolfe. Com uma capa fortíssima e atrativa, mal saiu pensei "é mesmo o meu género" e sabia que tinha de o ler. Graças à cortesia da editora Alma dos Livros, que disponibilizou um exemplar, venho contar-vos como foi!
Comecemos por divulgar a sinopse do livro:
Os olhos azuis vidrados, o belo rosto, inerte, coberto de cintilantes grãos de areia. Os lábios entreabertos, como que para libertar um último suspiro. Quem é a bela rapariga encontrada ao amanhecer numa praia deserta? Qual é o seu segredo? A agente especial Tess Winnett, do FBI, procura incessantemente respostas. A cada passo, a cada nova descoberta, desvenda factos perturbadores que conduzem à mesma conclusão: aquela não foi a única vítima. O assassino que procuram já matou antes. Escondendo também um terrível segredo, a agente Tess Winnett enfrenta os seus receios mais profundos, numa emocionante corrida para apanhar o assassino, que se prepara para acabar com outra vida. Descobri-lo-á a tempo? Será capaz de o deter? A que preço? AS REGRAS DO JOGO MUDARAM. TAL COMO A DEFINIÇÃO DE SERIAL KILLER. TODOS DESEJAMOS TER ALGUÉM. MAS ESTAREMOS DISPOSTOS A MORRER POR ISSO? A agente especial Tess Winnett é apaixonada, ousada, forte e temperamental. Não hesita em arriscar a vida, numa busca incessante por toda a verdade e por um seria killer cruel que anda a tirar vidas sem piedade. Inteligente, desenvolta e teimosa, Tess levará os leitores numa memorável e aterradora investigação neste empolgante e apaixonante thriller.
Ora, então, o livro apresenta-nos Tess Winnett, personagem principal e agente especial do FBI. Uma mulher de mau feitio e nada sociável que é chamada a colaborar no homicídio da jovem encontrada na praia, a rapariga sem nome. Juntando-se à equipa local, vemos os esforços da equipa para trabalhar em conjunto, descobrindo coisas macabras sobre o assassino em série e psicopata. Em paralelo, vamos descobrindo mais sobre Tess e os seus fantasmas, construindo-se uma personagem forte e apaixonante.
Vamos começar por falar, então, sobre a empatia que se cria com Tess. Confesso que no início, mesmo já gostando dela, foi difícil aturar todas as suas atitudes que chegavam a ser um poucos egoístas e intolerantes. Com o avançar do livro vamos descobrindo os seus problemas do passado, o que justifica as suas atitudes, assim como observamos a personagem evoluir e tornar-se mais flexível, o que me fez gostar imenso de Tess e desta leitura.
Quanto à leitura e à escrita, esta é bem fluída e a história não é densa, muito pelo contrário. É uma leitura fácil e mesmo refrescante, ideal para o verão. Se tivesse um pouco mais de tempo livre esta seria uma leitura compulsiva de poucos dias. É um livro adequado para todos os tipos de público!
Confesso que não foi dos thrillers mais surpreendentes que li, sendo esse talvez o único aspeto a apontar. Como a autora vai dando pistas ao longo do livro, foi fácil ir juntando as peças. A única reviravolta que poderia deixar-nos de boca aberta vai sendo entregue ao longo da história, sendo fácil adivinhar mais sobre aquele fantasma de Tess. No entanto, apesar de não ser surpreendente, teve o seu impacto. Além disso, e novamente sem querer revelar a história, gostaria de ter tido mais informações sobre o que levou o assassino a fazer o que fez, assim como explicação sobre a sua dinâmica familiar.
Dito tudo isto, recomendo a leitura deste livro e gostava de ler mais desta autora! Aliás, este é apenas o primeiro de vários livros que Leslie Wolfe escreveu com Tess Winnett e eu espero que a Alma dos Livros nos traga os próximos para eu me perder!