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White Lines | A nova sensação espanhola

Foto do escritor: Orquídea PolóniaOrquídea Polónia

Depois de ter ficado viciada em La Casa de Papel, fiquei super entusiasmada ao saber que o criador Álex Pina tinha um novo projeto. Falamos de White Lines, uma nova série da Netflix que conta, até ao momento, com uma temporada.


Esta série desenvolve-se à volta da morte de Axel, um DJ britânico que decidiu ir para Ibiza viver o seu sonho muito jovem, acabando por desaparecer. Após 20 anos, o corpo de Axel é encontrado e Zoe, a sua irmã mais nova, decide investigar a sua morte. Assim, parte para Ibiza, decidida a dar um desfecho ao passado. No entanto, na cidade da vida louca, onde tudo pode acontecer, Zoe vê-se envolta em dramas e numa auto-descoberta.

Uma série cheia de nudez, música e drogas. Recorda-nos de uma juventude sinónimo de imortalidade.





Esta é a única série que acabei e ainda não consigo dizer se gostei ou não. No início não gostei muito da série, cheia de drogas e música disco, com exemplos de miúdos irresponsáveis e rebeldes. Com muito sexo e nudez à mistura, acabei por não saber bem onde ia parar. Fica um bocado no meio daquelas série de ação com crime e droga e séries adolescentes cheias de drama.

Sendo o principal da trama a morte de Alex e a descoberta de quem o matou, isso acaba por ficar para segundo plano. Zoe é a personagem principal e tudo gira à volta do drama que acaba por viver inesperadamente em Ibiza. (SPOILER ALERT) Casada e com uma filha, o facto de ela ter um caso com o segurança de uma discoteca acaba por ser a grande bomba da série, mais ainda de tudo aquilo que descobrimos sobre Alex. Pior ainda, dou por mim a sentir-me culpada por torcer por eles, apesar de aquilo acabar de uma forma muito estranha a retorcida.


Por falar em tudo o que acontece com Alex... Sendo ele o motor de todo o plot, esperamos ter pena da sua morte e querer fazer-lhe justiça, certo? Errado. Na verdade, aprendemos muito sobre ele: a sua rebeldia, a sua adição às drogas, o impacto da fama, o egoísmo e complexo de superioridade, os vários casos amorosos, etc. Não fosse tudo isso e estaria vivo, nada abona a seu favor. No entanto, ele também é miúdo com uma história familiar complexa que origina todos esses comportamentos. De qualquer forma, foi-me difícil criar empatia com ele.

Aliás, falando de empatia, esse foi o principal problema da série, julgo eu. É difícil criar empatia com as personagens e identificarmo-nos com elas. Todas elas vivem num outro mundo que não parece ser real. Discotecas e drogas como principal cenário em Ibiza, parecia que estavam de férias e não num quotidiano normal. É claro, descobrimos que todas as personagens têm mazelas, segredos e humanidade, mas deveria haver mais espaço para essa exploração. Mesmo com Zoe, a personagem principal e que acabaria por cria mais empatia, não fosse ela estar destroçada pelo luto, a dado momento deixamos de considerar razoável o rumo que toma. Pelo menos eu achei.





Bem, tirando Boxer. Antes de começar a ver White Lines tinha lido sobre como Boxer tinha sido a personagem que deu vida à série, aquele que faz com que valha a pena ver. Concordo. Nuno Lopes, ator português, deu vida a esta personagem tão rica. Estão a ver o típico homem durão, que acaba por se desfazer de amores (mas de forma ligeiramente racional, vemos no fim, apesar de romântica) e demonstrar um lado sensível? Não é perfeito e tem algumas atitudes discutíveis, mas parece ser o melhorzinho de todos. Sim, esse tipo cheio de humor que deixa o público feminino louco? Pois bem, este foi o motivo pelo qual vi a série até ao fim. No início, estava perdida com a série. Estive um tempo sem ver, regressando um pouco depois aos episódios. Foi aí que se desenvolveu ainda mais a personagem de Boxer e a relação com Zoe, no mínimo caricata. E nunca mais larguei a série.


Dito isto, o fim tem muito a desejar. Não sei se está confirmada, mas fala-se sobre uma segunda temporada. Eu gostava de ver, porque acho que Boxer merece um final melhor. A sua última cena foi um bocado corrida e meio sem protagonismo, depois de ele ter dado tanta vida à série. Sim, também quero saber mais sobre o fim de Zoe, já que ela acaba com muita coisa a mudar à sua volta. E aos assassinos de Alex, cuja (im)punidade não fica clara no fim. Já agora, esta não foi uma revelação extraordinária, mas fez sentido e, sinceramente, não via um desfecho melhor.

Resumindo, venha daí uma segunda temporada! Nem que seja pelo Boxer!


E vocês? Já viram a série?

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