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Doutor Sono | O peso de suceder um clássico

Foto do escritor: Orquídea PolóniaOrquídea Polónia

Quando pensamos em filmes de terror, um dos mais notáveis que nos vem à mente é "The Shining". Esse clássico de 1980 gerou bastante controversa, sendo um dos favoritos do público, pela sua mestria e por atuações brilhantes como a de Jack Nicholson (Jack). No entanto, o seu brilhantismo não é consensual, pela polémica que causou, pela pressão que os atores sofreram, sobretudo Shelley Duvall (Wendy).

Este filme é uma adaptação de um livro de Stephen King, um dos meu livros preferidos. A controvérsia foi tanta que nem o próprio escritor aprovou o filme.


O caso é diferente com "Doutor Sono", a continuação do clássico. A expetativa era muita, já que o filme sucede um clássico e a pressão aumenta. Parece que Stephen King gostou mais deste filme. E nós? Depois de opinarmos sobre o livro, vamos falar do filme.





Ora, depois de tudo o que aconteceu ao pequeno Danny e à sua família, "Doutor Sono" satisfaz-nos a curiosidade sobre o futuro daquele menino. Infelizmente, não é brilhante. Após sobreviver ao trauma, a mãe de Danny, Wendy, falece quando ele tem 20 anos, por doença. Sozinho, Danny entrega-se ao álcool e drogas, seguindo os passos do pai.

Danny chega ao fundo, acabando por procurar ajuda e obter a mesma. É nessa altura que conhecemos Abra, uma menina cheia de poderes, com um brilho ainda maior do que o de Danny. Em paralelo, conhecemos Rose, a líder de um grupo de imortais que se alimentam do brilho de crianças, matando-as.

Abra, através da sua mente, começa uma conexão mística com Dan, com quem acaba por se encontrar fisicamente ao presenciar telepaticamente um dos homicídios de Rose. Dan sabe que Rose não irá simplesmente deixar Abra seguir o seu caminho e, preocupando-se com a rapariga, elabora um plano para a proteger.


Na verdade, gostei muito do filme. Não, não é assustador, na minha opinião. Se alguém procura um filme daqueles de acelerar o coração e fazer-nos saltar da cadeira (ou sofá), este é o filme errado. Contudo, não deixa de ser um filme que nos mantém agarrados ao ecrã do início ao fim.




É um filme muito bom para os fãs de "The Shining", eu por mim falo. Existem mil e uma referências que nos transportam para o primeiro filme, para os livros, para a infância de Danny. Há aqui uma nostalgia que nos arrepia. E este é um dos seus pontos fortes.


O melhor do filme, que acaba por se notar mais que no livro, é deixar explícito desde o início qual a relação entre todas as personagens. Apesar de termos três arcos, eles fundem-se naturalmente e de forma rápida, sem deixar dúvidas nos espetadores. É mais claro que no livro, mas também é mais simples, tirando a complexidade que é criada.


Depois temos personagens fortes e interpretações fantásticas. Destaque para Abra e Rose, que provaram que o poder feminino fica sempre bem na ficção (e fora dela)! Rose é uma vilã espetacular que, apesar de não nos deixar a desejar o seu final feliz, faz-nos gostar de quando ela rouba a cena.


Apesar de ser um filme um pouco longo (cerca de duas horas e meia), acaba por resumir o livro e deixar de lado partes importantes. Além disso, o final que nos deu foi diferente e mais triste. Sem dar demasiada informação, posso dizer que teve um impacto maior, mas não considerei justo.


Resumindo, é um filme a não perder para quem procura aventura e suspense, ou para quem tem curiosidade de ver o futuro do clássico "The Shining".

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