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Psicopatas Portugueses | A psicologia das histórias de horror portuguesas

Orquídea Polónia

Para quem gosta de filmes de terror ou de livros policiais, há sempre uma parte curiosa que pensa: existirão psicopatas assim na realidade? O que se passará na cabeça deles?

Joana Amaral Dias vem, em "Psicopatas Portugueses", contar-nos histórias horríveis de psicopatas portugueses, traçando um leve perfil psicológico.

Agradecemos à editora Oficina do Livro que nos cedeu um exemplar para fazer esta resenha!



Comecemos pela sinopse:

"«O primeiro trabalho clínico que reúne os protagonistas da criminologia portuguesa, uma viagem ao recôndito das suas mentes perversas, uma descida às suas doentes e pérfidas motivações. Psicopatas Portugueses é também um trabalho de Psicologia Forense e procura revelar o quanto o assassínio é complexo, um fenómeno intricado que ocorre no contexto de uma imensa multiplicidade de factores pessoais e culturais.»

Os casos: Luísa de Jesus (última condenada à morte em Portugal), Francisco Esperança (Monstro de Beja), o estripador de Lisboa, Francisco Leitão (Rei Ghob), etc."


A autora, Joana Amaral Dias, começa por uma introdução mais virada à psicologia, descrevendo diferentes tipos de psicopatas. Achei muito interessante este início, até mesmo inspirador, já que me interesso muito por thrillers e gosto de escrever. No entanto, este não é livro de ficção, é sobre a vida real. E isso torna esta leitura bem assustadora.



Fica aqui o aviso: este livro tem descrições impróprias para os mais sensíveis. Sabem aquelas partes fortes que nos arrepiam quando vemos nas notícias? Sim, é isso. Imagem tudo bem sublinhado em todos os casos, já que todos eles são de psicopatas.

Demorei imenso tempo a ler o livro, comparado com outras leituras que costumo ter. Porquê? Além de o facto de ser não ficção e ter várias histórias não facilitar, é mesmo pelo conteúdo pesado. Não é fácil ler tanto material que condensa casos reais com pormenores sórdidos e os enquadra numa moldura social e psicológica. Gostava de um aprofundamento do quadro de psicopatologia de cada um.


Apesar de tudo, principalmente do grande esforço de Joana Amaral Dias, falta um pouco mais de dedicação a cada um dos casos, difícil para um livro só. Por vezes, foi-me difícil entrar na mente dos psicopatas ou mesmo das vítimas, inteirar-me das histórias. Sentia-me a ler notícias de um jornal. Cada um dos capítulos deveria ter pormenores surpreendentes e desconhecidos. Devíamos ser capazes de responder a todas as questões que nos ficam a pairar na cabeça. Mas lá está, esta é a vida real...


Por último, fico a pensar como ficaria uma série televisiva com estas histórias... Fica a sugestão, adorava uma versão "Portugal Horror Story"" com estes casos! Mais alguém?

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