Já não é segredo que Stephen King é um dos meus autores favoritos e que procuro sempre as novidades do autor em Portugal, sejam de livros ou filmes. Desta vez, fomos brindados com Samitério de Animais, tanto o livro como o filme.
O filme já está visto e vou falar um pouco sobre ele!
O filme conta-nos a história de Dr. Louis Creed e da sua família. Ele muda de casa com a esposa Rachel e os dois filhos. Na floresta perto da nova casa, descobrem um cemitério de animais escondido. Quando o gato da família morre, Louis procura a ajuda do seu vizinho, Jud Crandall, entrando em contacto com o lado perigoso e inexplicável da floresta. Uma cadeia de acontecimentos terríveis dá origem à miséria da família e é neste ambiente que o mal é libertado.
Não vi o filme de 1992, pelo que não tenho nenhum ponto de comparação,. Embora saiba que alteraram alguns pontos na trama, não sei é até que ponto isso alterou a história. Foi, então, um primeiro ponto de vista desta parte do universo de Stephen King.
O trailer em si tinha-me entusiasmado muito, marcando a sua diferença. Aquelas crianças com máscaras de animais são arrepiantes e essa parte deu logo vontade de ver. Penso que as melhores coisas no filme são mesmo os aspetos cinematográficos e sonoros. O suspense inicial é fantástico e prende-nos de imediato. As personagens criam empatia e nós ficamos logo a zelar pela felicidade e segurança da família.
Disto isto, tenho que confessar que não correspondeu às minhas expetativas. Esperava terror, pelo menos a nível psicológico, esperava reviravoltas e cenas que me fizessem arrepiar. Queria uma história diferente, com um final que me deixasse extasiada. Sim, a história é diferente, sente-se a originalidade do autor. Mas achei o final desanimador.
O filme começou bem e fiquei logo curiosa, toda a atmosfera indicava algo de grande. O cemitério de animais (mal escrito, em caligrafia infantil, samitério/sematary, daí o título) deixava uma pessoa arrepiada e indicava logo problemas. No entanto, não é bem o cemitério que se transforma na chaves do mal, mas sim o que está para além dele.
Com o avançar do filme, temos alguns momentos de susto, mas um pouco fraquitos. Além disso, grande partes desses momentos são previsíveis e até um pouco cliché: a floresta, a cave, etc. Reciclagens cada vez mais comuns em filmes de terror.
O pior de tudo é que o suspense inicial se desfaz como por magia. Não há elementos novos na história. Mal a primeira tragédia acontece ou, no máximo, a segunda, conseguimos visualizar logo todo o filme e acaba por não existir mais elementos que nos surpreendam. Um filme que começa com tanto por saborear e, repentinamente, se acelera, tornando o final rápido demais.
Tem sempre o lado que nos coloca a relfetir, algo que eu gosto. O que faríamos para voltar a ver alguém que perdemos? E se isso tivesse consequências terríveis? Uma relfexão sobre o lado humano mais obscuro.
Não é um filme genial nem assustador. No entanto, não deixa de proporcionar um bom momento de entretenimento, pelo que recomendo que vejam ser altas expetativas.
Vou agora mesmo iniciar a leitura do livro, disponibilizado pela Bertrand Editora, e de seguida trago-vos a minha opinião!
Para já, deixo aqui o trailer do filme: