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Castle Rock | O universo de King do papel ao ecrã

Orquídea Polónia

Como fã do Stephen King, fiquei muito entusiasmada quando foi confirmada uma série baseada no seu universo, Castle Rock.

Após a primeira temporada, há que falar sobre a mesma e divulgar esta série que foi, para mim, uma das melhores surpresas dos últimos tempos!



Castle Rock conta-nos a história da cidade com o mesmo nome, no Maine, criada e frequentemente citada por Stephen King, nas suas obras. Descrita muitas vezes como um local onde vive o mal, é essa a sensação que a série nos dá, apresentando-nos Castle Rock como uma cidade onde as desgraças são recorrentes. O Kid (miúdo) é uma personagem enigmática que surge logo no primeiro episódio como apontado para a personificação do mal. Após o suicídio do responsável pela prisão local, é encontrado Kid aprisionado numa jaula, num local já fechado da prisão. Não existindo nenhum registo sobre ele, tudo o que ele diz é "Henry Deaver".

Ora bem, Henry Deaver é, ele próprio, uma personagem que faz correr muita água. Quando criança, Henry desapareceu misteriosamente, tendo sido encontrado dias depois no meio da neve, sozinho e sem nenhum sinal de ter corrido perigo, mesmo que as probabilidades apontassem para uma morte por hipotermia. Indo à sua, o seu pai adotivo, com o qual não tem uma boa relação, é encontrado em mau estado e acaba por morrer. Já adulto, está longe da cidade da sua infância, vendo-se obrigado a regressar a Castle Rock ao receber um telefonema com a indicação que o homem misterioso apenas menciona o seu nome. Assim, regressa à sua antiga casa, para junto da mãe, uma senhora vulnerável que sofre da doença de Alzheimer.

Sim, isto é só o início!


Esta série começa num ritmo lento, carregado de mistério e de promessas de revelações. Com o suspense sempre no ar, faz até lembrar um pouco American Horror Story, apesar de não ser tão focada no horror. No entanto, ainda existiram alguns momentos de sustos.

Confesso que estava com receio que a série enrolasse e eu acabasse por perder o interesse. Não precisamos de mais séries com episódios a encher chouriços. No entanto, sendo uma temporada apenas com dez episódios, sabia que o ritmo tinha que acabar por acelerar, o que acabou por acontecer no sexto ou sétimo episódio.



Também os fãs de Stephen King ficam agradados com as inúmeras referências às suas obras. Não só a abertura é fantástica, recheada de alusões aos livros do mestre do terror, como vamos vendo isso ao longo da série, com filmes como Cujo. Aliás, uma das personagens é sobrinha de Jack Torrance (The Shining).


Castle Rock é uma série que não podem perder se gostam de terror, suspense e/ou mistério.

Mesmo com as expetativas iniciais elevadas, mais para o fim percebe-se que a série não desilude. As respostas vão sendo dadas pouco a pouco mas sempre numa perspetiva de nos fazer questionar a verdade e que mais surpresas estarão para vir. Nada é o que parece, tudo pode acontecer e as aparências iludem - tudo frases clichês que parecem servir como mote.


A verdade é que a série começa por apresentar um contraste entre o bem e o mal. Kid era o mal, Henry o bem. Mas com o tempo as coisas tomam outros contornos. Kid já surge mais inocente... Então, tudo se mistura.


Alto destaque para estes dois atores, principalmente Bill Skarsgård que nos brinda com outra representação brilhante. Depois de fazer de Pennywise no remake de "It: A Coisa", Bill só nos podia dar alguém muito esquisito e marcante. Foi com isso mesmo que cumpriu.

Não posso deixar de mencionar Sissy Spacek, que interpreta Ruth, mãe de Henry. Fazendo o papel de uma senhora com demência, a atriz saiu-se bem e recorda-nos de outras interpretações no universo de King, já que foi ela que interpretou Carrie na primeira versão do filme com o mesmo nome.


Quem ainda não viu, de que estão à espera? Quem já viu, o que achou?

Venha daí a segunda temporada, que já foi confirmada!!

Entretanto, fica aqui o trailer da primeira temporada:


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