top of page

Rock Horror Picture Show (1975). Quando o Estranho encontra o Divertido

Foto do escritor: Nuno DiasNuno Dias


Rock Horror Picture Show é um musical de 1975, realizado por Jim Sharman e da autoria de Richard O'Brien. A sinopse deste filme é algo de especial, basicamente, um alien, Dr. Frank N. Furter, disfarçado de transexual veio para o planeta Terra para cometer pecados carnais e criar um homem um loiro musculado com um formidável bronze, o Rocky, para satisfazer todos os seus desejos… GIGGITY.



Sim, isto é basicamente um filme sobre um cientista vestido como uma drag queen que cria um sex doll, de carne e osso. “WTF?” perguntam vocês. Bem isto era os anos 70s, uma década completamente marada e sem filtros.

Figura 1 - Rocky e Dr. Frank


O que é que eu posso dizer ao certo sobre este filme? Bem, é uma montanha russa de confusão e divertimento, com músicas vivas que ficam no ouvido. As músicas mais icónicas deste filme são Time Warp e Sweet Tranvestite. Garanto-vos que assim que as ouvirem, só vão querer saltar do sofá e dançar até ao dia seguinte. Eu destacaria ainda outras músicas, como Don´t dream it, be it e a I´m going Home, pelos seus ritmos mais lentos e letras mais emocionais.


O filme pode ser caracterizado como uma paródia dos filmes de terror clássicos como Drácula ou Frankenstein, como podem ver pelas vestimentas e pela semelhança do enredo com a história do Frankenstein. Tem uma forte mensagem sobre a sexualidade e a necessidade de nos libertarmos da moralidade sufocante imposta pela sociedade quanto à sexualidade e abraçar os nossos desejos carnais. Viver e seguir os nossos desejos, independentemente do mais estranhos que sejam.


O visual burlesco e sexy dá um aspecto teatral e um certo charme a este filme, destacando-o de muitos filmes da época. Mesmo hoje em dia não se vê filmes como este, devido á sua sociedade PG e altamente critica que temos.


O papel de Frank N. Furter foi interpretado pelo grande e icónico Tim Curry. Sim pessoal, este filme para além de ter o Tim Curry, tem o Tim Currry vestido com corpetes, meias de rede e um sex appeal capaz de deixar em dúvida a heterossexualidade de qualquer espectador. O Tim Curry tornou este filme icónico e um cult classic. A sua atuação é energética, fluida, divertida e cativante. O Tim é claramente o ponto focal deste filme, ofuscando todas as personagens que entram em cena.


O autor desta, digamos, “história” assume o papel de Riff Raff, um mordomo corcunda que obedece cegamente ao comando de Frank. Chamar-lhe Igor, seria muito óbvio. Richard O'Brien é um apresentador de televisão, escritor, e um artista de teatro. Como autor, o Richard trouxe paixão, empenho e muito entretenimento ao papel de Riff Raff.


Figura 2 - Riff Raff e Dr. Frank

Patricia Quinn (Magenta) e Nell Campbell (Columbia) são outros membros do elenco que vale a pena mencionar pela sua dedicação e a paixão que transmitiram ao interpretar os respectivos papéis.

Figura 3 - Columbia e Magenta

A actuação no global não é excelente, há algumas situações em que as personagens tem umas atitudes constrangedoras e noutras parece que estão a ler os cue cards. Mas mesmo isso não posso considerar isso uma critica ao filme, pois dá lhe alguma personalidade e vai de acordo com o estranho tom do filme.


Não um é filme para todos, mas aconselho vivamente a experimentarem-no. Vão se divertir imenso! Se puderem vejam acompanhados, será 1h 40min de pura diversão.


Trailer Oficial:

12 visualizações0 comentário

Posts recentes

Ver tudo
bottom of page