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Estou a Ver-te | Um thriller claustrofóbico e surpreendente

Orquídea Polónia

Como fã de thrillers e livros com mistério, "Estou a Ver-te" deixou-me logo muito curiosa. O novo livro da autora Clare Mackintosh promete logo pela sua capa que sublinha a conotação de mistério. Felizmente, com o apoio da Marcador Editora, tive oportunidade de ler o livro.

O livro foi lançado em Junho do ano passado e possui 352 páginas. Aqui fica a sinopse:


"Todas as manhãs, Zoe Walker faz o mesmo caminho para a estação de metro, espera no mesmo lugar da plataforma e escolhe o seu assento preferido na carruagem, sem nunca suspeitar que alguém a observa. Durante uma dessas viagens, certo fim de tarde, enquanto lê o jornal local, Zoe vê a sua cara num dos anúncios: uma foto de má qualidade, um número de telefone e a morada de um website: FindTheOne.com (Encontra-a.com). Nos dias seguintes, as fotografias de outras mulheres começam a aparecer no mesmo anúncio, e Zoe percebe que foram vítimas de crimes extremamente violentos, incluindo homicídio. Com a ajuda de uma polícia determinada, Zoe procura saber o que está por trás daquele anúncio perverso, uma descoberta que vai transformar a sua paranoia em pânico total. Alguém anda a seguir todos os seus passos. E Zoe tem a certeza de que alguém próximo de si a escolheu como próximo alvo. Um thriller obscuro, claustrofóbico e repleto de volte-faces."


Vejam mais sobre o livro aqui.

Este livro conta-nos, então, a história de Zoe, uma mulher que vê a sua fotografia no jornal como parte de um anúncio de encontros. Depressa começa a surgir a ligação entre outras mulheres que também foram anunciadas pela mesma empresa e crimes que posteriormente sofreram, chegando mesmo ao homicídio. É então que descobrem um website em que a rotina de várias mulheres, incluindo Zoe, é exposta como se de um perfil de namoro se tratasse. Quem seria capaz de criar uma plataforma deste género, baseado na perseguição de várias mulheres? Desde logo somos confrontados pela hipótese de ser uma das pessoas na vida de Zoe, mas quem?


A autora fez um excelente trabalho em criar um thriller capaz de nos surpreender, sobretudo por manter o suspense mesmo até à última sem que isso parecesse forçado, como por vezes acontece. As personagens principais foram bem construídas e foi fácil criar empatia com as mesmas, principalmente com a polícia Kelly, uma mulher determinada a fazer o bem.

No entanto, penso que as personagens secundárias poderiam ter sido melhor construídas de forma a que, no decorrer da história, quando se percebe o possível desenvolvimento de uma dessas personagens, o choque fosse muito maior, aumentando o sentimento de "traição" no leitor. Gostava de ter ficado mais surpreendida do que aquilo que fiquei no final.

Talvez isso se deva ao facto de já estar à espera que fosse qualquer pessoa, o que, por outro lado, foi o melhor lado do livro. Aquela sensação de paranóia realmente está lá do início ao fim. Quando li que o livro insistia numa sensação de claustrofobia, não percebi o que queriam dizer, até me perder na sua leitura. Realmente, é impossível não sentir o pânico da personagem, sempre com a possibilidade de estar a ser seguida. E pior, do perseguidor ser alguém do seu círculo. Poderia ser qualquer pessoa, pelo que a meio do livro já desconfiamos de toda a gente. Será algum dos filhos? O ex-marido? O atual? O genro? O patrão? Os amigos. Tudo vale!

Aconselho a leitura deste livro e fiquei com muita vontade de ler mais coisas desta autora!

É um livro muito fluído e fácil de ler, numa narrativa que prende e que não se torna confusa ou dispersa.

E depois, claro, deixa-nos sempre a pensar nos inúmeros crimes que podem ser cometidos mesmo por baixo dos nossos narizes, quando apanhamos o metro ou o comboio, ou quando colocamos informação nossa na internet. Perceberemos até que ponto nos expomos e nos distraímos da realidade? Nunca sabemos quem está à espreita...

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