Já vos tinha falado sobre o primeiro livro da série Helen Grace, de M. J. Arlidge, aqui. Agora aqui estou para opinar sobre a sua continuação, "À Morte Ninguém Escapa". Um título só por si promissor, uma capa cujo estilo se mantém em toda a série e que capta logo a atenção do leitor que gosta deste género.
O primeiro livro acabou de modo bastante dramático e até um pouco triste, com (SPOILER) uma morte que eu não esperava nada. Tanto Helen como Charlie estão muito frágeis e vulneráveis, tentando recuperar do pesadelo que viveram.
Desta vez, tudo começa com o seu regresso à polícia mesmo na altura em que uma serial killer começa a atacar. A primeira vítima surge sem o coração, que é entregue em casa da sua esposa. Um pai de família, religioso, que se sabe agora recorrer aos serviços de prostitutas. Outras vítimas se seguem, também com o coração arrancado e ligações a uma prostituta, Angel.
Quem é Angel e o que a leva a matar estas homens?
Confesso que gostei um pouco mais do primeiro livro relativamente a este, pareceu-me ainda mais violento e chocante. No entanto, a escrita de M. J. Arlidge segue a mesma linha que tanto adorei desde o início: toca nos pontos sensíveis, faz uma descrição detalhada, não tem medo de explorar o obscuro. Recomendo vivamente este autor e estou ansiosa por ler o livro seguinte, que já está cá na prateleira!
Com "À Morte Ninguém Escapa", o autor continua a explorar a linha ténue entre o bem e o mal, demonstrando que até mesmo quem se entrega à prostituição ou à matança tem uma história negra por detrás. Geralmente, os monstros são criados por outros monstros.
Helen Grace parece mais humana, um crescimento notório desde o primeiro livro ao segundo.
Charlie enfrenta uma decisão super importante para a sua vida, uma escolha que pode mudar tudo. Estou muito curiosa para saber se ela sempre vai levar com a sua decisão para a frente!
Este autor tem-me surpreendido pela positiva e não vou parar por aqui...
