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Carrie | Um drama adolescente com um misto de terror

Orquídea Polónia

O que vos trago hoje? Mais uma vez, um livro de Stephen King! Desta vez "Carrie", que foi não o primeiro livro escrito pelo autor mas sim o primeiro a ser por ele publicado. Falo da nova edição, lançada pela Bertrand Editora na chancela 11x17, sendo um livro de bolso. Já tinha falado nele aqui. Esta opinião tem o apoio da Bertrand Editora que nos facultou um livro para resenha. Mais sobre o livro:

Sinopse: Carrie era a ave rara da escola e o alvo da chacota e da maldade dos outros adolescentes, que passavam a vida a pregar-lhe partidas. Maltratada e brutalmente reprimida pela mãe, uma fanática religiosa para quem tudo é pecado, Carrie direcionava as suas energias para os objetos, fazendo-os moverem-se apenas com o poder da mente. Quando o rapaz mais popular da escola a convida para o baile de finalistas, a tímida Carrie começa a ver-se a si própria de maneira diferente e a ganhar confiança. No entanto, um ato de uma crueldade indizível mudará para sempre o rumo das coisas. Ao ser vítima da mais terrível das humilhações, Carrie liberta por fim todo o seu poder, transformando-se numa arma de terror e destruição. E enquanto todos os presentes no baile se riem dela, as portas trancam-se de repente e o riso depressa dá lugar aos gritos de medo e horror...

Ano de edição ou reimpressão: 2017

Editor: 11 X 17

Idioma: Português

Dimensões: 108 x 167 x 12 mm

Encadernação: Capa mole

Páginas: 272


Mais sobre o livro aqui!

 

Mais uma vez, Stephen King foi uma ótima companhia, num livro fluído e fácil de ler. Como podem ver, tem poucas páginas, pelo que a ação se desenrola muito depressa - talvez demasiado. No início do livro vamos conhecendo Carrie, uma adolescente peculiar de 16 anos, assim como a sua mãe, uma mãe viúva que acredita que a sua filha é fruto do pecado tal é a sua devoção pela sua religião. Imaginem uma mãe demasiado protetora, que obriga a filha a viver longe de literalmente qualquer coisa que se possa parecer com o pecado: adolescência, rapazes, luxos, oportunidades de sucesso... Fechada no seu próprio mundo (ou no armário, quando se portava mal), Carrie nunca teve muitos amigos. Aliás, era gozada pelos colegas. Imaginam como é? Ser gozada na escola e chegar a casa ter que rezar fechada no armário porque a mãe acreditava que tinha cometido um pecado e precisava de ser absolvida?


Não eram só estes abusos que faziam de Carrie uma menina especial - ela possuía poderes de telequinesia. Quando teve a sua primeira menstruação, sem fazer ideia que isso era normal, ficou assustada. Isso aconteceu no balneário, provocando uma reação malvada das colegas, o que por sua vez fez com que ressurgissem estes poderes e Carrie passou a conseguir mexer em objetos com o poder da mente. Isso fez com que ela se empoderasse, deixando de ter tanto medo da mãe, apesar do amor que tinha por ela. Tudo muda quando Carrie é convidada para o baile por um rapaz popular, pelo qual ela tem uma atração. Ambos têm boas intenções e o baile até começa por correr muito bem, mas uma partida da típica rapariga malvada deixa Carrie coberta de sangue. Se há minutos atrás Carrie era aplaudida por ser a Rainha do Baile, agora toda a gente se ria dela. E, claro, isso deixou-a furiosa, utilizando os seus poderes para causar o caos e a destruição na cidade. Poucos são os que sobreviveram para contar a história...


Gostei muito da leitura, apesar de não considerar este um dos melhores livros do autor. Pelo estilo da escrita, fez-me lembrar um pouco de "The Shining" principalmente quando ele usava a palavra ceder para se referir ao poder de Carrie, assim como usava brilho no outro livro. Adoro a forma como o autor usa parêntesis para distinguir ações de pensamentos e mesmo criar contradições. É um estilo muito próprio de Stephen King que aprecio. Este livro não só nos apresenta o desenrolae da história através de várias personagens como usa outros elementos para nos apresentar os acontecimentos: artigos, testemunhos, depoimentos, etc. Juntar isso tudo poderia tornar a história confusa, mas tal não aconteceu, complementando-se muito bem com o resto.


Gostei da forma como Carrie foi descrita, começando pela adolescência e passando pelos traumas de família, um lado bom que contrastou com o lado mau que acabou por demonstrar. Não somos todos bons e maus ao mesmo tempo? Mas também devo referir que, se não fosse este trabalho mais cuidado do autor em misturar o fanatismo pela religião, esta poderia ser uma história típica de um drama adolescente - a rapariga que sofre de bullying e todos os populares que lhe apontam o dedo, a forma como ela se vinga e tudo sofre uma reviravolta. O que menos gostei no livro foi ter sentido que a parte da ação, onde se deu o climax, aconteceu demasiado depressa, pelo que poderia ter sido melhor aproveitado. No fim, Carrie continua a ser um mistério...


Bem, esta foi a minha opinião. E a vossa? Mais uma vez, agradecemos à Bertrand Editora pela colaboração!

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