"Annabelle: A Criação do Mal" é o segundo filme que explica a história - neste caso as origens - da boneca assombrada, que teve a sua primeira aparição em The Conjuring. Baseada numa história verídica, a boneca foi um dos pontos altos da franquia, levando à realização de um filme só para ela. É claro que as expetativas foram altas, toda a gente ficou curiosa com o filme. Infelizmente, "Annabelle" foi uma desilusão total, com um plot fraco e um terror que nunca se chegou a concretizar, a não ser quando a boneca levitava de forma bastante irrealista. Estava com muito medo antecipado de ver o filme, mas acontece que o vi no quentinho da minha casa (felizmente não gastei dinheiro no bilhete!) e sozinha. Quando anunciaram o segundo filme, tentei não criar muitas expetativas exatamente por esse motivo. No entanto, ao ver o trailer fiquei com esperança, pareceu-me promissor. Agora posso dizer: apesar de não ser perfeito, valeu bem a pena! (
Gostei muito deste filme pelo facto de me sentir assustada do início ao fim. Juro, senti a tensão no corpo todo a ponto de me doerem os músculos de tanto me encolher. Fiquei colada à cadeira! Isto porque os sustos eram constantes, sabíamos que iria aparecer uma personagem assustadora a cada dois minutos. Ao contrário do primeiro filme, este pode ser encaixado no estilo de The Conjuring. As atuações foram boas, principalmente de Talitha Bateman (Janice) e Lulu Wilson (Linda). O cenário também promete: sabemos exatamente onde e quando se situa o filme. Gostei das forma como desenvolveram as personagens, do uso da música "You are my sunshine" para criar tensão. Já para não falar na referência a Valak, a freira mais assustadora do momento e que nos trará um outro filme com "The Nun", em 2018.
Apesar de tanto saltar com os sustos e de ter gostado do filme, existiram alguns aspetos que poderiam ser melhorados. Primeiro, o facto da boneca continuar a ser acessória, apesar de não tanto como no primeiro filme. Esperava algo mais assustador vindo dela, mas ela apenas ia aparecendo, associada a uma entidade maléfica. Talvez estivesse à espera de um virar de cabeça em câmara lenta, ou de um revirar de olhos súbitos, mas também não queria nada mais do que isso ou o realismo do filme ficava comprometido. A sério, ainda bem que não tentaram fazer a boneca flutuar como no primeiro filme! Em segundo lugar, acho que chegou a uma altura do filme em que foi demasiado, com mil e uma personagens maléficas a criar sustos de cortar a respiração. Por muito assustador que tudo fosse no momento, no fim os sustos acabam com o filme, não houve medo que resistisse. Sem noites mal dormidas ou pesadelos, sem medo do escuro, Annabelle é um excelente filme para aproveitar no momento.
E vocês, gostaram? Querem ver um terceiro filme sobre Annabelle ou deveria ficar por aqui? Vejam o trailer: