Hoje trago em análise mais um livro de Stephen King, autor que gosto muito, desta vez "Bem-vindos a Joyland", um êxito recente.
Este livro fala-nos de Devin Jones, um rapaz que está a passar por um desgosto amoroso e decide aceitar um emprego de verão na Joyland, um parque de diversões. Depressa faz amigos e o emprego se torna uma fonte de felicidade. No entanto, nem tudo corre exatamente na perfeição... Joyland não é apenas palco de alegria, tendo lá ocorrido um homicídio que nunca teve resolução. Linda Grey foi assassinada no comboio fantasma pelo seu namorado secreto, que lhe cortou a garganta e deixou o seu corpo por ser descoberto. Apesar das fotos divulgadas, o assassino nunca foi apanhado. Quando Tom, amigo de Devin, vê o fantasma de Linda na atração, Devin e a amiga Erin dedicam-se à investigação do assassinato. Entretanto, Devin aproxima-se de Mike, uma criança com deficiências motoras que está nos últimos momentos da sua vida, tendo o dom da intuição. Devin torna-se amigo de Mike e da sua mãe, Annie. Quando as emoções se tornam mais intensas, Devin descobre finalmente a identidade do assassino e a sua vida corre risco. Quem é? Que final lhes é reservado?
Este é mais um livro muito bom de Stephen King. A história é simples e o livro é conciso, sendo que até penso que nesse aspeto está melhor que outros livros que li do autor. Também gostei muito do facto de existir uma pequena parte de romance, que não tira protagonismo ao mistério - estava mesmo a torcer por Annie e Devin. É muito fácil de ler e recomendo bastante!
As personagens principais são muito bem desenvolvidas e é fácil criar uma ligação com elas. Outro ponto positivo foi a parte misteriosa que rodeou o crime. Tentar compreender os porquês e a identidade do assassino prende-nos ao livro, sobretudo com pequenas dicas e provocações que o autor vai fazendo! A única parte menos boa foi ter sentido que, no final, quando o mistério é desvendado e Devin finalmente descobre o assassino, tudo se passou depressa e sem algo que nos permitiu fazer uma conexão entre a informação dada e a resolução. Atenção a possíveis SPOILERS nesta parte: a identidade do assassino não foi chocante nem nada reveladora, assim como o motivo mal foi mencionado, e não existiu nada que nos abalasse com esta revelação, já que a relação leitor-personagem (pelo menos no meu caso) foi muito fraca. Contudo, gostei do final e de como tudo acabou por se desenrolar.
De facto, não consigo tirar da cabeça a ideia de que este livro daria um ótimo filme, mais um para juntar à coleção do autor. Aposto nesse sentido e ficaria feliz se tal acontecesse... Mais um livro a não perder! Concordam?