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Os 100 | Opinião sobre o primeiro livro que originou a série

Orquídea Polónia

Hoje venho escrever para vos contar a opinião sobre o livro “Os 100”, de Kass Morgan, o primeiro livro da trilogia que deu vida à série com o mesmo nome.

Acompanhando a série desde o início, sempre tive curiosidade para ler os livros e finalmente o dia chegou. Confesso que antes apreciava muito mais os episódios, a história era mais simples e não tinha dado mil voltas de forma a tornar-se tão complexa como atualmente. Contudo, continuo a acompanhar e a manter a curiosidade. Então a grande questão é sempre: quais serão as diferenças?

É claro que ler apenas o primeiro livro não pode dar uma resposta clara, nem uma opinião muito fincada. “Os 100” conta-nos a história da humanidade, numa época em que a Terra foi destruída pela guerra nuclear e os sobreviventes se refugiaram numa nave espacial, a Colónia. No entanto, séculos depois, quando a Terra começa a parecer um passado tão distante como um sonho, a Colónia deixa de ser sustentável para tanta gente a nível de oxigénio. Será que a Terra está pronta para ser novamente habitada ou os níveis de radiação ainda não o permitem? A única maneira de descobrir é enviar, mesmo em segredo, 100 jovens menores de idade que cometeram algum tipo de crime e esperavam o julgamento. O que encontrarão na Terra? E na Colónia?

O que mais me surpreendeu pela positiva neste livro foi a forma como está escrito, muito simples e juvenil, lê-se rápida e facilmente, é fácil de acompanhar toda a história. Também temos diversos pontos de vista através de várias personagens – Glass, Bellamy , Clarke e Wells. Glass foi a grande novidade pois ela não surge na série – é a forma de acompanhar a vida na Colónia pois é a única que permanece lá após ser presa por ter um filho. Depois de perder a criança, acaba por reatar com o pai, Luke, um homem que a ama e só agora soube quais haviam sido os crimes da namorada. Clarke é a mesma pessoa que na série, pelo menos nos tempos iniciais, em que o seu sentido de altruísmo, ajuda e justiça se destacam. No entanto, no livro ela não só perdeu o pai por ter sido executado como também perdeu a mãe. Bellamy é o mesmo rapaz arrogante com bom coração que faz tudo pela irmã mais nova (que não é tão doce e inocente como ele pensa) e que nos faz suspirar. Wells é aquele moço que, se bem se lembram, é o filho de Jaha e acaba por morrer pouco depois da série televisiva começar. Ele é louco pela Clarke e ela por ela, mas também é um menino do papá e não percebe os segredos e poder que este esconde.

É engraçado como a história nos livros acaba por ser um triângulo amoroso, em que Clarke tanto se sente atraída por Wells – o ex-namorado que a ama muito e a seguiu à Terra mas que foi a causa da sua prisão e da execução dos pais – como por Bellamy – um rapaz louco de quem se vai aproximando lentamente. Eu cá voto no segundo, afinal ele nunca a desiludiu. Aliás, sempre apreciei a química deles na série e tenho esperanças que ainda exista espaço para esta relação, agora que Lexa, o seu par perfeito, está (spoiler) morta.

O ponto fraco do livro é mesmo o facto de ser tão simples, a história não é completamente desenvolvida e serve mais para introduzir a temática e as personagens, uma iniciação à trilogia. Não há grandes momentos de revelações e surpresas, aquele climax que nos faz agarrar ao livro e querer ler mais só acontece nos últimos capítulos. Na verdade, o livro tem um ritmo lento de apresentação: apresenta-nos as personagens, a Colónia e como ela reage aos cortes de oxigénio e a forma como os cem jovens chegam à Terra sem nada saber sobre ela. É claro que não deixa de ser interessante, sobretudo porque descreve muito bem um tema que podia ser difícil de imaginar mas que, neste caso, não é e até se torna mais fácil com os regressos ao passado das personagens que nos explicam as razões pelas quais se encontram naquela situação. Agora resta-me ler a continuação com “Os 100: 21 dias depois”! e vocês, quem já leu o livro e o que achou?

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