Cá estou novamente para falar de uma série televisiva que me tem proporcionado bons momentos, desta vez Jane The Virgin. Para quem não sabe, o programa fala-nos sobre Jane (Gina Rodriguez), uma jovem que vive com a mãe e a avó e a quem acontece todo o tipo de peripécias. E isso é tão verdade que ela acaba grávida, apesar de nunca ter tido relações sexuais, de uma antiga paixão, Rafael (Justin Baldoni). Como? Por erro da médica que a insemina ao invés de fazer um exame de rotina. Assim, Jane acaba por se aproximar do pai da criança, envolvendo-se num triângulo amoroso, já que ela namora com Michael (Brett Dier), simultaneamente o seu melhor amigo. Esta é uma série que recomendo imenso pois combina a comédia e o romance de maneira muito engraçada, convertendo-se numa novela mexicana cheia de humor. A narração é feita na terceira pessoa por um narrador bem-humorado. As personagens são simples e bem construídas, tornando fácil a empatia com as mesmas.
Para quem já acompanha, está na altura de falar sobre o rumo que a série tem vindo a tomar. (Atenção, pode conter spoilers). Apesar de Michael ser claramente um bom rapaz e talvez o melhor para Jane, a verdade é que Rafael sempre teve o meu apoio, pois adorava a interação entre os dois e pensar neles como uma família feliz, incluindo Mateo que estava para nascer. Apesar de, por momentos, parecer que as coisas caminhavam nesse sentido, Jane escolheu Michael e o casamento acabou por acontecer. Posto isso, ela estava tão feliz que não parecia existir caminho melhor. Mas, mais uma vez, Jane The Virgin é conhecida por nos surpreender com as reviravoltas mais interessantes. Na segunda temporada Michael leva um tiro! Mas esperem, ele sobrevive, está tudo bem, até ele ter um ataque no início da terceira temporada, mesmo quando as pessoas menos esperam. E assim, de um episódio para o outro, tivemos um salto no tempo e vemos que Jane já lida melhor com o luto. O Mateo está crescido e às vezes é a coisa mais fofa, outras irritante. Tem duas irmãs queridas mas que parecem duas bonecas, filhas de Petra, outra personagem que eu adoro. E Rafael, que estava a refazer a sua vida, terminou com a sua namorada. Bem, agora já posso desejar que eles fiquem juntos, sem sentimentos de culpa por gostar muito de Michael! Será que vai acontecer?
A verdade é que a série vai além da vida amorosa de Jane. Além do seu característico humor, fala-nos sobre os obstáculos da vida, a perda, a família, os nossos sonhos. Peripécia atrás de peripécia, acaba por ser fácil gostar da trama devido as estas personagens. Concordam? Destaque para Gina Rodriguez, jovem talento que dá vida à personagem principal e que tem visto o seu trabalho reconhecido da melhor forma, incluindo um Globo de Ouro de Melhor Atriz em Série de Comédia!