Revivo-te em cada poema
Torno-te imortal em cada verso
Minto ao meu próprio coração
Mas é na escrita que te confesso
Uso-te como início de criação
Motor, chama, combustível
Será que já alguém te fez assim?
Em cada palavra és percetível
És aquele silêncio que todos ouvem
Implícito, sem ninguém saber
Componho uma melodia de ti
Forma ridícula de me esquecer
E cá estás, presente em cada letra
E não estás, ausente no que é vida
Mas se não és, sobre o que escrevo então?
Não sobre ti, uma ideia de amor perdida
Percebo, assim, que sou eu, sobre mim componho
Não és tu, sou eu, és espelho de mim, do meu sonho.
Porque o amor é espelho, tem que ter reflexo.