Não sei se te sorri ou se te sonhei
Só sei que em cada minuto me dei
É tão ténue a linha entre o sonho e a realidade
Que às vezes escondo de mim a verdade
E quando fecho os olhos vejo com clareza
Pois é aí que surges como uma certeza
Então procuro na realidade encontrar o sonho
Tentando fugir do quotidiano medonho
Por simplesmente na minha inocência ignorar
Que este é que um jogo medonho de jogar
Aquele em que todos os pormenores são reavivados
Porque já foram verdades, mais do que sonhados
Segura, durante o dia posso sempre fingir
Mas pior do que atração, só medo sentir
Pior ainda do que isso, só resta o nada
O vazio é só a mágoa aumentada
Estendo-te a mão, enquanto há sonho há esperança
E quando nem sonho houver, haverá a lembrança
Talvez assim a distância possa parecer menor
São palavras da vida, são expressões de amor.