Desce o rio, canta o pássaro
Sinais de uma Primavera acordada
Cumprimenta o sol, beijando o ar
Símbolos da Natureza Sagrada
Envolta no que esta Terra oferece
A caneta espalha a sua tinta
Contando histórias, criando mundos
Como quem uma tela pinta
São letras, são palavras, são frases
São vidas no papel montadas
São emoções, são amores, são vitórias
Pedaços de almas criadas
Escritor, o que cria mais do que escreve
Estes mundos fantasiados, as histórias
Palavras que o vento leva ao coração
Tornam-se parte de nós, são memórias
São viagens sem destino e sem volta
Com começo num único ser que imagina
E fim em todas as almas que toca
Feitiçaria das palavras cheias de adrenalina
São rios que correm nos textos de fantasia
São sóis que aquecem na leitura final
São pássaros que cantam histórias escritas
Uma Natureza, a escrita, Primavera sem igual
Florescem, das letras, flores de palavras cheirosas
Escreve, o Criador, no sagrado momento, uma obra
Corre a água à sua foz, desliza para o final da história
Chega ao fim o momento, restando apenas o que sobra
A ideia, o percurso, o dia, a transformação
A leitura que nos desfaz e nos recria
No leito do rio, desgastando as suas margens
Contentamento do leitor, sua alma renascia
Será Natureza, será literatura, será ciência, será magia?
Ninguém sabe, é o mistério do universo
Mas toca na alma, acorda o espírito humano
Recria o leitor que se reencontra a cada verso